sexta-feira, 30 de julho de 2010

Andrélio: Paradinha

Paradinha (Pa-ra-di-nha) Substantivo feminino

1 – Prática proibida e condenada por jornalistas, goleiros, juízes e burocratas da Fifa.
Ex¹ : A cobrança foi ilegal, já que ele abusou da paradinha.
Ex²: A paradinha foi proibida pela FIFA.

2 – Efeito de enganar goleiros inexperientes.
Ex: Ele caiu feito um pato na paradinha.

3 – Ato de, no último instante antes da cobrança de uma penalidade máxima, parar, esperar o goleiro cair para um canto, e então – somente então – chutar a bola em gol, preferencialmente no canto em que o goleiro não estiver.
Ex: Neymar fez a paradinha e o Rogério não gostou.

4 – Prática futebolística inventada por Pelé, atualmente aposentado.
Ex: Pelé fez a paradinha em seu milésimo gol, contra o Vasco, do goleiro Andrada.

*

O Andrélio foi criado para suprir os temos futebolísticos que não são abordados pelo Aurélio.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Versinhos da cavadinha


Foi bom que o goleiro pegou,
agora o Neymar aprendeu
que ele não é louco,
e muito menos Abreu!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Um bom nome ao comando da Seleção

Mano Menezes não convence nem a minha bizavó, uma ingênua. Após sua primeira convocação, os elogios lhe couberam muito mais pela educação com os jornalistas, em claro contraste com Dunga, do que pela convocação em si. Está certo que ele convocou direitinho – lembrar do quarteto santista mostra o quão suscetível ele pode ser à vontade do povo , e levar Jucilei mostra o quão suscetível ele pode ser à vontade dos empresários -, mas nunca ele será aceito com grande facilidade, até por ser segunda opção.

Aliás, nem Muricy, a teórica primeira opção, seria um nome de consenso. Porque apesar de ganhar três campeonatos brasileiros em sequência, afundou o Palmeiras no ano passado, e demora demasiado para acertar seus times – quase foi demitido do São Paulo várias vezes.

O técnico ideal para o Brasil seria alguém que tivesse cada característica dos nomes sondados. Teria ele a educação de Mano Menezes, o instinto trabalhador de Muricy, a intuição de Scolari, o traquejo com os cartolas de Leonardo, a consciência tática de Luxemburgo, o francês de Ricardo Gomes e a criatividade de Adilson Batista. É claro que este sujeito não existe. Por isso, me espanta que o nome que proporei agora não tenha sido sequer ventilado nos corredores da CBF.

Trata-se de Tospericargerja.

Tospericargerja é uma homenagem à seleção de 70. Um pai se sentiu em dúvida ao querer homenagear no nome do filho o futebol tão vistoso que aquela seleção apresentava. Ele achava que seria uma injustiça homenagear Pelé, e deixar Tostão, Rivelino e Carlos Alberto Torres de lado. Ou então homenagear Jairzinho, e se esquecer de Pelé. Por isso, deu ao filho o nome de Tospericargerja. Tos de Tostão; Pe de Pelé; Ri de Rivelino; Car de Carlos Alberto; Ger de Gerson; e Ja de Jairzinho.

Esse seria o nome de técnico ideal. Um nome com a lucidez de Tostão, a genialidade de Pelé, os elásticos de Rivelino, a inteligência de Carlos Alberto, a consciência de Gerson e a velocidade de Jairzinho!

O apelido dele é Peri.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Ah, ele voltou!


Tinha prometido a mim mesmo que este blog só voltaria a partir do momento em que Valdívia voltasse ao Palmeiras. Era uma forma de não escrever aqui nunca mais. E que se fosse preciso voltar, que fosse por um bom motivo. E que motivo maravilhoso foi esse. Há um ano exatamente escrevi neste blog o texto “Ah, se ele voltar...”, em que fazia promessas para o retorno do mago.

E vou dizer. Desde o dia em que ele saiu, que eu espero teimosamente por sua volta. Não aconteceu como propunha Cartola de que finda a tempestade, o sol nascerá; e que finda esta saudade, hei de achar outro alguém para amar. Longe demais disso. Quando eu começava a me encantar com Diego Souza, me lembrava do chute no vácuo do mago. Quando o Cleiton fazia algo de extraordinário, um lance sublime, eu desistia, e dizia: pode fazer o que for, que você não é o Valdívia.

E agora ele voltou, com Felipão e Kléber. Que coisa linda. Que coisa louca.

Sei que devem achar que falo muito por exagero. Que dizendo assim, parece que é como se o Kaká estivesse voltando ao São Paulo, o Ronaldinho ao Grêmio, ou o Tevez ao Corinthians. Mas este é o ponto: é muito mais que isso. O Valdívia de volta ao Palmeiras é de um nível tão extraordinário, que o palmeirense está se sentindo como o santista se sentiria se o Pelé voltasse ao Santos!

Até o Avallone (que Deus o tenha!) disse que com este dinheiro compensaria mais comprar dois ou três bons jogadores. O Benjamin Back (honrosamente expulso da Bandeirantes) chamou o investimento para a volta do mago de loucura. Olhem bem aqui. Se sequestrarem a sua mãe e lhe pedirem seis milhões de euros, você não faria um empréstimo, nem que para isso passasse alguns anos na penúria?

Ou então se Deus lhe telefonasse dizendo que cobra seis milhões para uma volta de Jesus, você não arrumaria este dinheiro de qualquer forma?

Foi isto que Belluzzo fez. Que Valdívia me perdoe por tê-lo comparado à sua mãe ou a Cristo. Mas às vezes algumas comparações se fazem necessárias.

Este texto é para celebrar duas voltas. A de Valdívia ao Palmeiras, e a deste blog à internet!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Um heroi palmeirense

A ideia era a de que este blog só fosse ilustrado por desenhos feitos a mão por Andrício de Souza. Eu tinha a certeza de que isso seria o melhor como Dunga achava que Felipe Melo seria o melhor volante para a seleção brasileira. Porém veio-me a ideia de postar flagrantes de gente que orgulha o time do coração fora das quatro linhas. Como o palmeirense a seguir.

Antonio Carlos Joaquim é palmeirense, tem três nomes próprios, e quarenta e três anos. Ele morava na favela Tiquatira, em São Paulo, até que ela começasse a pegar fogo. Ele se viu obrigado a, no meio das chamas, salvar sua filha de oito anos. Foi quando caiu-lhe uma viga na cabeça e desmaiou. Então o sargento Luís Carlos do Carmo o salvou.

A roupa de Antonio Carlos? Uma camisa verde limão 2007 do Palmeiras. Falsificada, mas quem mora na favela não pode gastar R$150,00 numa camiseta.

Instantes depois, eles tiraram a foto a seguir.

 

A camisa verde limão do Palmeiras não serve apenas para aumentar os lucros da Adidas. Ela provou ser ótima para encontrar feridos no meio de incêndios.

Fonte: G1

domingo, 11 de julho de 2010

O adeus de Galvão


A Copa se encerrava, e quem assistia pela Globo se espantou com o timbre da voz de Galvão Bueno. Ele estava mais emocionado do que na despedida de Ayrton Senna do planeta Terra. Com a voz mais embargada que a Nair Belo depois de tomar 24 horas de friagem. Ele explicou que aquilo era o encerramento de um ciclo.

Desde 1978, ele havia narrado jogos de todas as Copas no exterior. E esta seria a última (no exterior), porque a de 2014 seria no Brasil. Depois, ele garante que passará um pouco mais de tempo com a família.

E aqui, minha gente, surge uma oportunidade cristalina, daquelas que só presenciamos uma vez na vida. De uma raridade maior do que a de um americano jogando futebol com técnica e habilidade. É como se tivéssemos a oportunidade de fazer Ricardo Teixeira sincero por um dia, ou se conseguíssemos que Amaury Jr. vestisse sandálias havaianas. É a oportunidade de encerrar a carreira de Galvão Bueno quatro anos mais cedo!

Veja bem. Galvão disse que não narrará mais Copas no exterior. A tarefa, pois, é simples. Para encerrar a carreira de Galvão, basta transferir a Copa de 2014 para outro país. Joseph Blatter não concordaria de imediato, mas se lhe contarmos a nossa causa com carinho, ele há de ceder.

O minuto de silêncio


Um minuto de silêncio geralmente demora uns vinte segundos. É o tempo de sinalizar a morte de alguém sem causar grandes transtornos ao espetáculo. E se chama minuto de silêncio – ao invés de segundos de silêncio – em respeito ao morto. Porque homenagem que não dura pelo menos um minuto não pode ter esse nome: homenagem. E o efeito é muito prático, pois todo mundo pensa que os vinte segundos duram um minuto.

Falo isso em homenagem à defunta: a Copa do Mundo 2010.

Os locutores dizem que ficamos quatro anos esperando por ela. Mentira! Ficamos uns dois anos e meio, no máximo três. Porque no ano seguinte à realização da Copa, sentimos um asco só de ouvir falar dela. Mesmo se conquistamos o título! E como dessa vez não conquistamos, fica pior ainda. Temos, então, o minuto de silêncio depois da Copa, que dura um ano.

E confessemos todos: queríamos que ela acabasse logo. Quando o Brasil é eliminado, nos sentimos como o adolescente que está na festa e é rejeitado pela mocinha. Ele não vê a hora do pai buscá-lo. O título da Espanha terminou com essa festa que começou e terminou errado. E o apito do juiz anunciando o final do jogo foi igual à buzina do carro dos nossos pais dizendo que eles chegaram, para subirmos no carro e irmos logo para casa.

domingo, 4 de julho de 2010

A opinião da atriz pornô Annita Ferrari

Esta é uma Copa rica de opiniões. Nos programas da Globo, tivemos atrizes, atores, humoristas e até jornalistas dando pitacos sobre os jogos. Na Bandeirantes, Neto e Edmundo disseram a Copa inteira o que achavam e o que não achavam. A ESPN, com a lucidez de sempre, entrevistou Sócrates que prenunciou que Kaká e Luís Fabiano não conseguiriam jogar. A Sportv criou uma celeuma internacional com o Paraguai. Veja só: até um polvo alemão foi visto dando palpites. Mas no meio disso tudo, senti falta das atrizes pornô.

Veja bem: desde que Pamela Butt foi flagrada copulando com o Vagner Love, uma atriz pornô não é citada no mundo do futebol. E não pense que é por falta de abertura da parte delas. Elas dão entrevista com a mesma facilidade que se deixam filmar às câmeras. Aliás, elas já fazem tantas coisas em frente às câmeras, que se sentem à vontade rapidamente na hora de uma entrevista.

Aqui, Annita Ferrari – este nome é uma mistura de Anita da mini série com Ferrari, a marca de carro – nos concede uma entrevista que faria Freud colocar a mão no queixo. Primeiro ela diz uma coisa, depois desdiz, para então concluir uma terceira coisa sequer mencionada. Por isso, recomendo que se leia duas, ou quiçá três vezes. Ao final, talvez você não entenda mais de futebol, mas saberá um bocado melhor sobre a criatura humana.

Eu não sou mané, Garrincha: Quem vai ganhar a Copa?
Annita Ferrari: Eliminou a Argentina já ganhou.

Mané: Então a derrota da Argentina significa o mesmo que uma vitória do Brasil?
Annita: Não, é brincadeira. Mas eles estavam muito bem!

Mané: A Alemanha?
Annita: É.

Mané: Como você comemorou a derrota da Argentina?
Annita: Na verdade queia que ganhassem, mas só tirei sarro, mesmo. Ontem eram eles, a única diferença pra nós eram 24 horas.

Mané: Não entendi. Então você estava torcendo pela argentina?
Annita: Estava.

Mané: Por quê?
Annita: Porque sei reconhecer que estavam bem. Sendo rivais ou não.

Mané: Você costuma torcer pelo melhor?
Annita: Não, porque acho que o melhor é o Uruguai, mas gostaria q a Alemanha levasse.

Mané: O Uruguai é melhor que a Alemanha?
Annita: Não, por isso que te digo: a Alemanha está melhor, mas eu queria, agora que a Argentina está fora, que o Uruguai levasse. Melhor é Brasil!

Mané: Por que você acha que o Brasil foi eliminado?
Annita: Porque estava ruim desde o começo. Era questão de tempo. Não é culpa do Dunga, é de todos. Não era para ser.

Mané: E o Felipe Melo?
Annita: É um grande imbecil! Mas não é totalmente culpado.

Mané: Por que ele é um imbecil?
Annita: Para começar, ele não tem humildade para assumir os erros. Daí já viu.

Mané: O Neymar e o Ganso deveriam ter sido convocados?
Annita: Talvez. Acho que sim.

Mané: Qual é, na sua opinião, o maior destaque individual da copa?
Annita: No Brasil?

Mané: No brasil e no geral.
Annita: No Brasil, Lúcio. No geral, ainda não tenho certeza.

Mané: Para finalizar: quem deve ser o novo técnico?
Annita: Vixi. Pelé, mas como ele não vai aceitar... Felipão!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Felipe Melo em 7 atos

Logo que foi convocado para participar de sua primeira Copa, aos 27 anos, Felipe Melo concedeu uma entrevista à ESPN Brasil por telefone. Ele se declarou feliz, e disse todas as coisas que um jogador diz tão logo sabe que disputará o maior evento de todos. Pois PVC lhe perguntou:

- É o PVC quem está falando. É concenso, acho que você deve concordar, que você não fez uma boa temporada no Juventus. Por que a gente deve acreditar que o Felipe Melo da Copa do Mundo vai ser diferente do Felipe Melo da Juventus, da temporada 2009/2010?

Felipe:

- Então. É... Você acompanhou o Campeonato Italiano?

- Sim, bastante – responde PVC.

- Então, é porque há controvérias. Você falando isso aí, eu não concordo com você. A gente tem que pegar números. Né? Eu trabalho com números. Meus números aqui na Juventus, quando o Felipe Melo não jogou: eu fiquei 6 jogos sem jogar, perdeu 5. Então eu não concordo com você, não.

- Mas com você jogando a Juventus fez a pior campanha em 40 anos, também.

- Calma aí, calma aí. Não é porque tem um prêmio que deram, uma rádio que faz uma sacanagem. Na realidade de brincadeira que saiu. Você faz uma coisa dessas aí, acho que você não entende de futebol.

- Não, não, não. Desculpa, Felipe. Eu não tô falando por brincadeira nenhuma. Eu tô falando porque a gente transmite o Campeonato Italiano.

- Não. Você primeiro tem que pegar os números do jogador, ver o que o jogador faz na temporada, depois você faz uma coisa dessas aí. Porque é ridículo. Não acredito. Você é jornalista?

- Você é jogador? Eu sou jornalista.

(...)

- Eu acho que ele desligou – intervem um terceiro jornalista.

*

Aos 10 minutos do primeiro tempo das quartas de final entre Brasil x Holanda, Felipe Melo lembra Gerson e deixa Robinho livre para marcar o primeiro. Os jornalistas começam a se desculpar por ter questionado Felipe. Os torcedores começam a agradecer por Dunga nunca ouvir os jornalistas. Dunga começa a ter a certeza ainda mais absoluta de que deve-se sempre seguir as próprias convicções.

*

Aos 8 minutos do segundo tempo, Felipe Melo e Júlio César não se entendem e não conseguem neutralizar um cruzamento fácil de Sneijder. Pior: a bola resvala na cabeça de Felipe e entra no gol. A Holanda empata.

*

Aos 28 minutos do segundo tempo, cinco minutos depois de o Brasil sofrer a virada, Felipe Melo parece que vai roubar a bola do adversário, mas pisa-lhe na coxa. O juiz, que até então vacilava e não tinha convicção sequer para marcar um tiro de meta, o expulsa peremptoriamente.

Ninguém questiona a decisão do juiz. Com um a menos, o Brasil não conseguiu reagir. Também pudera: se quando tinha 11 jogadores não conseguia ameaçar a Holanda, porque o faria com 10?!

*

Felipe não fugiu das entrevistas. Não ficou com vergonha, nem se intimidou a ponto de evitar declarações polêmicas. Pelo contrário! Disse que a expulsão foi injusta. Porque se ele quisesse machucar o adversário, todos sabem que ele teria força de lhe quebrar a perna.

*

Ronaldo disse que Felipe Melo não deve passar as férias no Brasil. Vi gente dizendo que o nome disso é incitação à violência, e que Ronaldo está fazendo com os outros o que não gosta quando fazem com ele. Mas o que mais se viu foi a interpretação de que Ronaldo estava mesmo incitando a violência contra Felipe. E que não há nenhum problema nisso.

Bem, temos duas interpretações possíveis, porque o verbo “deve” neste caso é ambíguo. Pode ser que Ronaldo tenha dito que Felipe não passará as férias no Brasil, porque não tem a intenção de fazê-lo. Mas pode ser que Ronaldo esteja dando um conselho a Felipe, dizendo que ele não deve, não pode passar as férias no Brasil.

*

Felipe Melo é aclamado no Jornal da Globo o grande vilão da Copa, o motivo pelo qual não comemoraremos o hexa no dia 11 de julho. Não Dunga, que o escalou sabendo de seu temperamento. Não Ricardo Teixeira, que contratou Dunga sabendo que ele não tinha experiência como treinador. Nem todos nós, que deixamos Ricardo Teixeira há 21 anos na presidência da CBF.

Ah! Nem a Holanda, que jogou bem e mereceu a vitória.

Uma boa música para um mau dia como hoje

Ah, Dunga...

Uma coisa tem que ser levada em consideração: o ser humano vive de contrastes. O que faz o caráter e a certeza de uma pessoa são alguns exemplos positivos daquilo que ela acha que é correto, mas, principalmente e antes de tudo, exemplos negativos: aquilo em que ela não acredita. Com Dunga não foi diferente.

Lembremos que ele surgiu em 90, depois de Telê ter fracassado por duas Copas seguidas após exibir um futebol vistoso sem resultados expressivos. O Brasil não vencia uma Copa havia vinte anos, e era preciso ganhar, nem que para isso fosse preciso jogar feio e abandonar nossas qualidades. Aliás, para Dunga era mais do que isso. Para ele, nossas qualidades é que impediam nosso sucesso. E nisso ele apostou – e fracassou – em 90.

Em 94, ele ainda não havia se esquecido de 82 e 86. Pelo contrário. Apostou ainda mais nisso, apoiado em Parreira, e venceu a Copa com mais volantes que craques.

Foi pensando nisso que o colocaram como técnico em 2006. Nossa seleção havia fracassado por ter acreditado demais em nossa habilidade. Por nos acharmos tão bons, que nem precisássemos treinar. Por Ronaldo ser tão genial, que pudesse se apresentar dez quilos acima do peso. Por sermos tão superiores, que nem precisássemos marcar os jogadores adversários.

Então Dunga apostou antes na lealdade e no comprometimento do que na capacidade real de cada jogador. E parece que foi aprovado nisso. Tanto é que tem uma propaganda abominável da Gatorade: “Mais vale um jogador comum com força de vontade do que um craque na zona de conforto.”

Então eu lhes pergunto: será que somos tão idiotas a ponto de achar que um craque não pode sair da zona de conforto?!